Primeiras Impressões de 21 Dias Nos Confins do Mundo de Henry Jenné
No livro 21 dias nos Confins do Mundo, Henry Jenné é o autor e também narrador-personagem desta incrível jornada.
O livro completo possui 290 páginas.
Entretanto, para estas Primeiras Impressões, optei por fazer a análise das primeiras 58 páginas, isto é, exatos 20% da obra. Esta amostra contitui-se de Apresentação, Introdução, Prólogo e os Três Primeiros Capitulos.
Uma das preocupações que tenho ao fazer Primeiras Impressões é que a amostra escolhida compreenda, de fato, pelo menos boa parte da motivação da história e que tenha um tamanho mínimo para que se possa obter um parâmetro, não apenas da obra em si, como do perfil literário do autor.
Até então eu ainda não conhecia este autor. Porém, ao iniciar a leitura deste livro e folhear os primeiros capítulos do outro título do autor- Entre Trilhos e Estrelas, cujas Primeiras Impressões e resenha também serão escritas em breve-, pude constatar que ambos títulos possuem escrita fluída e culta sem ser rebuscada e o autor possui a incrível capacidade de descrição que provoca a imersão do leitor na história sem que a ambientação e citações de fonte de pesquisa se tornem enfadonhas- ao contrário! Senti-me realmente viajando de forma apaixonada pelas páginas de 21 dias Nos Confins do Mundo até a Terra do Fogo, ao sul da Patagônia.
Pela razão apresenta acima posso então afirmar que a amostra que utilizei foi perfeita aos meus propósitos.
Bem, eu não costumo ler as sinopses dos livros que faço resenha e/ou Primeiras Impressões antes de ler a trama porque desenvolvi o hábito de ler as sinopses após a primeira leitura. Comumente leio cada livro mais de uma vez: a primeira leitura serve para compreender a trama e uma segunda leitura para me ater aos detalhes de construção , por exemplo. É nessa segunda leitura que geralmente eu leio também a sinopse, para conferir se aquilo que compreendi da mensagem central tem relação com aquilo que o autor se propôs a mostrar através do enredo.
Na Apresentação conhecemos sua busca espiritual e sua visão sobre o tema. Ele fala sobre os Caminhos do Deserto e a inspiração e que essa experiência será diferente para cada um. Os fatos narrados nessa história é o seu caminho do deserto e, ainda que alguém percorra as mesmas trilhas, não fará a mesma peregrinação.
Na Introdução o narrador-personagem diz como ele escolheu as Terras do Fogo, ao sul da Patagônia, como seu Deserto.
Aos quatro anos ele viajava com os pais de carro para o extremo sul da América, partindo de Santiago do Chile em direção a Ushuaia – conhecida como “Fim do Mundo”. Isso foi em 1969, um período de péssimas estradas. Enfim. Precisaram parar para trocar um pneu que estourara graças aos inúmeros buracos da estrada. Mais tarde ele soube que a viagem era para comemorar o terceiro ano de casamento dos pais.
O menino pequeno avistou um coelho, e sem se dar conta do que fazia, seguiu o animal e se perdeu. Começou a chorar até que avistou um homenzinho engraçado que se expressava por grunidos, e logo em seguida outros surgiram e se aproximaram dos dois(o homenzinho e o menino). Fizeram em torno do menino um circulo de acolhimento e ternura até que um deles indicou o caminho, onde estariam seus pais. Ao chegar, o pai ainda trocava o pneu e a mãe sequer notara a ausência do filho, atribuindo a visão da criança ao cansaço da viagem e imaginação infantil.
No prólogo há a presença de um mapa dizendo qual foi o caminho percorrido, mas fazendo o alerta da necessidade de um guia e que o caminho apontado no mapa e que existe na Ilha Navarino não corresponde ao trajeto” Dientes navarrinos “ sinalizado.
O capítulo 1 traz as informações de como foi os preparativos da viagem. Ele sempre ficou na mente em um dia conhecer as Terras do Fogo. Ele iria sair de Santa Catarina em direção ao extremo sul da América.
E a primeira surpresa que ele teve foi negativa. Juan, que seria seu guia durante a viagem, na noite anterior disse que não poderia ir. O guia havia sido indicado por um amigo afficionado por histórias do sul americano. O avô dele havia sido um explorador, e deixara para Juan uma caixa com tudo que recolhera em suas viagens ao sul do planeta. Mas, com a morte do avô aquilo havia ficado umtanto esquecido até aquele momento. No e-mail que o narrador recebeu, além de dizer que não poderia viajar, havia um conselho de não desistir da viagem, e anexado ao e-mail estava o mapa do avô, dicas e um bilhete escrito numa língua estranha, para ele entregar à Hamilink - seu amigo de infância- que estaria esperando por Henry no aeroporto de El Calafate, Região dos Lagos Argentinos.
Os próximos dois capítulos falam sobre seu encontro com Hamilink e o início da viagem.
A capa tem como ilustração central uma espécie de medalhão incrustrado naquilo que tem o aspecto de um tecido vermelho.Ainda não sei o que é esse medalhão central. Eu não posso afirmar, mas lembra algo com o criculo que os homenzinhos fizeram em torno dele, quando estivera no deserto pela primeira vez.
Estou muito impressionada com a narrativa até aqui e ansiosa por conhecer mais dessa trama. Em breve, a resenha. Aguardem!
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BREVE BIOGRAFIA DO AUTOR HENRY JENNÉ DA COSTA JR.
Nasceu em Itajaí (SC). Graduado em MBA em Administração, também estudou e morou nos EUA e Argentina.N área administrativa , trabalhou em grandes empresas até 2009 , quando ingressou no serviço público e exerceu suas atividades até 2015, quando resolveu dedicar-se integralmente à literatura, abdicando de sua carreira anterior.
Além de 21 dias Nos Confins do Mundo é também autor de Entre trilhos e Estrelas também pubicado pela editora Chiado em 2017.
SINOPSE de 21 Dias Nos Confins do Mundo:
O extremo sul da América sempre surpreendeu milhares de pessoas ao redor do mundo por sua magia e beleza. Berço de um dos povos mais místicos que viveu isolado do mundo por milhares de anos e aprendeu ao longo dos séculos a cultuar e a amar a Natureza no seu mais precioso sentido. Extraíam dela não apenas a sua subsistência, mas também a preciosa sabedoria que os permitia se conectar com a grandeza divina e as forças que regem o Universo.
Partindo da Região dos Lagos no extremo sul da Patagônia, o Peregrino percorre os Caminhos Sagrados da Terra do Fogo em direção ao último ponto habitado do planeta, onde se defronta com a Sociedade Secreta que habita por milhares de anos a Terra do Fogo e que guarda, secretamente, a sabedoria milenar e os mistérios do Povo Ancestral Fueguino.
Lançando-se de corpo e alma no desconhecido e percorrendo lugares mágicos com a ajuda de personagens que compartilham da sua sabedoria ancestral, 21 Dias Nos Confins do Mundo costura realidade e ficção com fatos históricos e relevantes, em uma emocionante aventura pela misteriosa região do planeta conhecida como “Fim do Mundo”.
Michelle Louise Paranhos-Autora e Critica Literária